sábado, 9 de outubro de 2010

No roçar das horas
- Claude Bloc -


Eis que o tempo gira
E o dia termina
no redemoinho das horas.

Eis que o sol acerta os eixos
e os ponteiros se torcem
no final da tarde.

Eis que o sol adormece
enquanto o tempo se entorta
enquanto se fecham as portas.

Eis que a noite se achega
quando o vento se acalma
quando o sereno se enrosca
no roçar das horas,
confundindo-me,
fundindo-me
com o passar
do dia...

E na última hora,
em plena agonia
a luz esmorece
deitada nos seixos,
deitada na rua,
deitada na serra
no grito avermelhado do horizonte.


Claude Bloc

5 comentários:

Dihelson Mendonça disse...

Oi, Claude, magnífica foto, e magnífico poema!

Jacques me disse que vc queria falar comigo ?

Bjus!

Dihelson Mendonça

Daniel Coriolano disse...

excelente postagem...
Foi boa!

Claude Bloc disse...

Dihelson,

Eu não queria, QUERO!(rs rs rs) E faz tempo. Começamos uma conversa e não terminamos... Você ficou de me ligar num domingo, mas não "compareceu". Estando aqui em Fortaleza, fica inviável eu te ligar, mas amanhã estarei em Sobral lá pela noitinha (chego em torno das 17h).
O assunto é (dentre outros) o "Chapada do Araripe"

Abraço,

Claude

P.S. Final do mês estarei por aí para o Salão de Outubro. Espero poder te ver. Tenho muito a tratar contigo.

Claude Bloc disse...

Dihelson e Daniel Coriolano,

Obrigada pelas palavras de incentivo. Vindo de vocês, mestres da fotografia, muito me alegra e envaidece.

Abraços,

Claude

Joilson Kariri Rodrigues disse...

Tão lindo quanto a foto é o poema. Parabéns!!!