sábado, 13 de março de 2010

A História da Fotografia


A história da fotografia pode ser contada a partir das experiências executadas por químicos e alquimistas desde a mais remota antiguidade. Por volta de 350 a.C., aproximadamente na época em que viveu Aristóteles na Grécia antiga, já se conhecia o fenômeno da produção de imagens pela passagem da luz através de um pequeno orifício. Alhazen em torno do século X, descreveu um método de observação dos eclipses solares através da utilização de uma câmara escura. A câmara escura na época, consistia de um quarto com um pequeno orifício aberto para o exterior.

Em 1525 já se conhecia o escurecimento dos sais de prata, no ano de 1604 o físico-químico italiano Ângelo Sala estudou o escurecimento de alguns compostos de prata pela exposição à luz do Sol. Até então, se conhecia o processo de escurecimento e de formação da imagens efêmeras sobre uma película dos referidos sais, porém havia o problema da interrupção do processo. Em 1725, Johann Henrich Schulze, professor de medicina na Universidade de Aldorf, na Alemanha, conseguiu uma projeção e uma imagem com uma duração de tempo maior, porém não conseguiu detectar o porquê do aumento do tempo. Continuando suas experiências, Schulze colocou à exposição da luz do sol um frasco contendo nitrato de prata, examinando-o algum tempo depois, percebeu que a parte da solução atingida pela luz solar tornou-se de coloração violeta escura. Notou também, que o restante da mistura continuava com a cor esbranquiçada original. Sacudindo a garrafa, observou o desaparecimento do violeta. Continuando, colocou papel carbono no frasco e o expôs ao sol, depois de certo tempo, ao remover os carbonos, observou delineados pelos sedimentos escurecidos padrões esbranquiçados, que eram as silhuetas em negativo das tiras opacas do papel. Schulze estava em dúvida se a alteração era devida à luz do sol, ou ao calor. Para confirmar se era pelo calor, refez a mesma experiência dentro de um forno, percebendo que não houve alteração. Concluiu então, que era a presença da luz que provocava a mudança. Continuando suas experiências, acabou por constatar que a luz de seu quarto era suficientemente forte para escurecer as silhuetas no mesmo tom dos sedimentos que as delineavam.O químico suíço Carl Wilhelm Scheele, em 1777, também comprovou o enegrecimento dos sais devida à ação da luz.

Thomas Wedgwood realizou no início do século XIX experimentos semelhantes. Colocou expostos à luz do sol algumas folhas de árvores e asas de insetos sobre papel e couro branco sensibilizados com prata. Conseguiu silhuetas em negativo e tentou de diversas maneiras torná-las permanentes. Porém, não tinha como interromper o processo, e a luz continuava a enegrecer as imagens.

Schulze, Scheele, e Wedgewood descobriram o processo onde os átomos de prata possuem a propriedade de possibilitar a formação de compostos e cristais que reagem de forma delicada e controlável à energia das ondas de luz. Porém, o francês Joseph-Nicéphore Niépce o fisionotraço e a litografia. Em 1817, obteve imagens com cloreto de prata sobre papel. Em 1822, conseguiu fixar uma imagem pouco contrastada sobre uma placa metálica, utilizando nas partes claras betume-da-judéia, este fica insolúvel sob a ação da luz, e as sombras na base metálica. A primeira fotografia conseguida no mundo foi tirada no verão de 1826, da janela da casa de Niepce, encontra-se preservada até hoje. Esta descoberta se deu quando o francês pesquisava um método automático para copiar desenho e traço nas pedras de litografia. Ele sabia que alguns tipos de asfalto entre eles o betume da judéia endurecem quando expostos à luz. Para realizar seu experimento, dissolveu em óleo de lavanda o asfalto, cobrindo com esta mistura uma placa de peltre (liga de antimônio, estanho, cobre e chumbo). Colocou em cima da superfície preparada uma ilustração a traço banhada em óleo com a finalidade de ficar translúcida. Expôs ao sol este endureceu o asfalto em todas as áreas transparentes do desenho que permitiram à luz atingir a chapa, porém nas partes protegidas, o revestimento continuou solúvel. Niépce lavou a chapa com óleo de lavanda removendo o betume. Depois imergiu a chapa em ácido, este penetrou nas áreas em que o betume foi removido e as corroeu. Formando desta forma uma imagem que poderia ser usada para reprodução de outras cópias.

Niepce e Louis-Jacques Mandé Daguerre iniciaram suas pesquisas em 1829. Dez anos depois, foi lançado o processo chamado daguerreótipo.

Este consistia numa placa de de ouro e prateada, exposta em vapores de iodo, desta maneira, formava uma camada de iodeto de prata sobre si. Quando numa câmara escura e exposta à luz, a placa era revelada em vapor de mercúrio aquecido, este aderia onde havia a incidência da luz mostrando as imagens. Estas, eram fixadas por uma solução de tiossulfato de sódio. O daguerreótipo não permitia cópias, apesar disso, o sistema de Daguerre se difundiu. Inicialmente muito longos, os tempos de exposição encurtaram devido às pesquisas de Friedrich Voigtländer e John F. Goddard em 1840, estes criaram lentes com abertura maior e ressensibilizavam a placa com bromo.

William Henry Fox Talbot lançou, em 1841, o calótipo, processo mais eficiente de fixar imagens. O papel impregnado de iodeto de prata era exposto à luz numa câmara escura, a imagem era revelada com ácido gálico e fixada com tiossulfato de sódio. Resultando num negativo, que era impregnado de óleo até tornar-se transparente. O positivo se fazia por contato com papel sensibilizado, processo utilizado até os dias de hoje.

O calótipo foi a primeira fase na linha de desenvolvimento da fotografia moderna, o daguerreótipo conduziria à fotogravura, processo utilizado para reprodução de fotografias em revistas e jornais.

Frederick Scott Archer inventou em 1851 a emulsão de colódio úmida. Era uma solução de piroxilina em éter e álcool, adicionava um iodeto solúvel, com certa quantidade de brometo, e cobria uma placa de vidro com o preparado. Na câmara escura, o colódio iodizado, imerso em banho de prata, formava iodeto de prata com excesso de nitrato. Ainda úmida, a placa era exposta à luz na câmara, revelada por imersão em pirogalol com ácido acético e fixada com tiossulfato de sódio. Em 1864, o processo foi aperfeiçoado e passou-se a produzir uma emulsão seca de brometo de prata em colódio. Em 1871, Richard Leach Maddox fabricou as primeiras placas secas com gelatina em lugar de colódio. Em 1874, as emulsões passaram a ser lavadas em água corrente, para eliminar sais residuais e preservar as placas.

Fonte: Wikipedia

sexta-feira, 12 de março de 2010

ENSAIO:No Profanismo da Fé,Uma Bela Mulher-Wilson Bernardo.

Os caldeirões da Santa Cruz do Deserto,alimenta o corpo e a alma
O fruto doce das vagens,que brotam sedentismo visceral
O reino das mulheres encantadoras de benditos
Ladainhas,nas lamurias de sedentas carpideiras
O sorriso da alma,que tremula o orgasmo de quem a fé milagra
Amanhecida de relvas,concubinas tardes matinais,um banho de ervas
Mangilicãens,erva doce,pureza de espírito nos algozes amores
A santificação de um corpo,na feitura de outro corpo,imagem e semelhança
Da santa madre mangedora,orgias e vinho na lambida do boi mansinho.

Wilson Bernardo(Poema & Fotografia)

Na janela lateral - Joilson Kariri Rodrigues



Quando eu falava dessas cores mórbidas
quando eu falava desses homens sórdidos
quando eu falava desse temporal
você não escutou... (F.Venturine)

quarta-feira, 10 de março de 2010

JANELAS DO MUNDO - Parte 2 - Cesar Augusto

Devido ao tamanho da postagem do César, eu dividi em 2 partes, a fim de que mais postagens fosse possível na Página principal.













terça-feira, 9 de março de 2010

Sítio dos Patos... Caririaçu


Final de tarde no sítio, massa demais.
3 fotos em sequencia juntas pelo Photoshop CS3.
comp.focal: 30 mm, f:4,5, abertura: 1/80, ISO: 400.

Seminário São José (Crato) - Emerson Monteiro

domingo, 7 de março de 2010

O silêncio das águas - Por Claude Bloc

Não faltou poesia,
faltaram palavras para expressá-la
.
A poesia dorme à beira da lagoa
e o dia adormece lentamente
até mergulhar
no silêncio
das águas
...
.
Texto e imagens por Claude Bloc

sábado, 6 de março de 2010

quinta-feira, 4 de março de 2010

Retratos da Vida - Wilson Bernardo por Dihelson Mendonça



wilson bebado 02

"Roda mundo, roda gigante, roda moinho, roda pião...o tempo rodou num instante, nas voltas do meu coração..."

Parabéns Wilson Bernardo pelo seu Aniversário.
Foto: Dihelson Mendonça

quarta-feira, 3 de março de 2010

segunda-feira, 1 de março de 2010

Água pra que te Quero ! - Nívia Uchoa


Água pra que te quero!
Bacia Banabuiu

Água pra que te quero!
Nívia Uchôa
Bacia Banabuiu

sábado, 27 de fevereiro de 2010

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

NO MERCADO MULHERES LABUTAR...Wilson Bernardo.

COLORIR A VIDA É MUITO MAIS FÁCIL DO QUE PRETO BRANQUEAR...
Ceifar a carne que faz
da ceiva

O fruto cortar
A menor que seja a pausa
Desabrochar a flor adormecida
Piqui
Salivar o néctar dos sabores
Mulheres Afrodite
O corpo labutar
Tempo
Afronhar o mormaço do sexo.
WILSON BERNARDO(Fotografia & Poema)

Um Barquinho a deslizar (ou a encalhar) - Joilson Kariri Rodrigues



quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Bicicletando... - Dihelson Mendonça

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Foto: Dihelson Mendonça

Meditação - Joilson Kariri Rodrigues

Reflexos - por Claude Bloc

Eis que o céu se reflete
e no espelho da água se aquieta

Imagens invertidas
se olham do alto da serra


... e na paz da manhã

as águas descansam.

Texto e fotos por Claude Bloc

Foto da Lagoa da Fazenda em Sobral ( ao fundo a Serra da Meruoca)

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Hermeto Pascoal - Gênio, Mestre...Amigo !

O Hermeto Pascoal, além de meu ídolo desde a infância, se tornou um dos meus maiores propagandistas, quando compôs um baião num show em que tocávamos, que dizia: "O Dihelson é um cabra danado. O Dihelson improvisa pra danar...Não é a toa que ele é do Ceará" e continuava, numa "loucura..." ahahaha. Guardo com muito carinho esse vídeo do show, e vez por outra a gente se encontra para relembrar outros encontros. São tantas histórias, que qualquer dia desses eu irei contar. Por enquanto, trago apenas umas poucas fotos de um grande ensaio que fiz sobre o Hermeto Pascoal, com mais de 150 fotos. É Gênio. A música se personificou aqui na terra e tomou a forma desse velhinho que eu e muitos podemos dizer que ele sabe tudo. Se não é deus, é quase o deus da música. Pra mim, que não conheci Beethoven, tenho a honra de conhecer e bem o Hermeto Pascoal.

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Chá de Panela
(Guinga/Aldir Blanc)

Hermeto foi na cozinha
Pra pegar o instrumental:
Do facão à colherinha tudo é coisa musical.
Trouxe concha e escumadeira, ralador, colher de pau,
Barril, tirrina, e peneira—tudo é coisa musical.

Me convidou pra uma pinga,
Meu não pesou com dó,
Piscou um olho só,
Disse que eu tiro da seringa,
Que home que não bebe e nega mocotó
Acaba quenga em vez de Guinga
Se veste de filó
Afrouxa o fiofó
E o ferrão já nem respinga:
Encolhe feito um nó
E vai ficar menó...

Assoprou numa chaleira, bateu numa bacia.
Jesus, Ave-Maria, era uma sinfonia!
Secador e geladeira entraram no compasso
Dançou a farinheira, saleiro no pedaço
E tudo era coisa musical,
Funil mandando: “Ôi!” Fogão gritando: “Uau!”

Fez um chocalho de arroz
E outro de feijão
No talo do mamão
Cortou a fruta que já vi tocá mais doce,
irmão, direto ao coração.

Assoprou numa chaleira, bateu numa bacia, etc.

Nesse chá de panela que eu senti a vocação:
Vi que música é tudo que avoa e rasga o chão.
Foi Hermeto Pascoal que magistral me deu o dom
De entender que do lixo ao avião
Em tudo há tom
E que até pinico dá bom som se a criação é mais
Se o músico for bom.

Fotos: Dihelson Mendonça

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